terça-feira, 25 de maio de 2010

Indispoto confuso

Já não tenho mais certeza de que forma o ser cognoscente apreende os objetos e faz suas representações, minha consciência toma a forma de curvas no conhecimento, do empírico a metafísica, das sensações as idéias, se na extensão ou nas idéias propriamente expressas, se não sensações ou consciência, o certo é que de todas as formas possíveis, não conhecemos o todo, mesmo que esse todo seja expresso em linhas, já se distanciou demais da minha percepção. No corpo etéreo, Mónadas únicas? Ser inerente que ao belo retorna, essência foi e movimento é, corpos a extensão das sensações, olhando tens consciência de idéias intactas para a manutenção da mentira expressa.

Imparcialidade não é sinônimo de equilíbrio, ter em mente um determinado ponto a seguir, onde espiritualidade e intelectualidade se unem na busca da interação entre os planos a fim de estar lúcido em medida , é a solução mais sensata, no caminho do meio estamos longe do começo e sem vistas do fim.

Quanto mais o ser humano desenvolve tecnologia e outros instrumentos representativos da curva ascendente, paradoxalmente planta sua própria extinção, na superação ele acelera as condições do fim inerente da espécie.

Atente, pois bem, da próxima vez que atirar, tome a devida distância,coloque munição, gire o tambor e por mais que intencione, acredite, tente de verdade, atire 3 vezes para certificar-se pois minha têmpora contenta,outrora consciente danificada onisciência, já não aguenta disparos errantes e comas constantes...

Posted by Neylan Porto @ 23:37
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mundos ao abismo

Perdido em mundos moldados, nos quais a realidade ainda equivale à preexistência, que na sua configuração não impulsiona a continuidade, entre transposições e criações se ausenta do mundo que da teoria a prática não faz viver. Da incerteza que surge da contestação da vida em mundos diversos vem a tamanha fragmentação, da vida ao seu redor, do conteúdo e forma, a experiência na ilusão mergulha o subconsciente, que imerso na solidão já não repreende a realidade melancólica. Ferozmente o embate denota inconsistência e na ocasião da ilusão surge a decepção, sentindo sensações e deja-vu de vidas nunca vividas, sentimentos surgem e extinguem-se como meras aparições.

Os passos são contados subjetivamente até o abismo do qual Nietszche atentou, realmente quando se olha muito tempo para dentro do abismo ele começa a olhar dentro de você, abismo e consciência já não são mais os mesmos, fundindo-se em uma dança mórbida, tornam-se um só, não sentindo ou acreditando, a frustração lhe alcançando, entorpecido com o fenômeno que nem consegue distinguir, sem alternativas, uma lenta, porém letal dor o consome, levando a crer na tamanha imensidão que na esquina abandonada torna-se latente.

Realmente a sensação da situação suprimiram os sentidos, sufocaram o dormente contente, que em seu leito de vida só deleita as dores do jovem consciente e do velho sempre ausente, na proporção dos olhares desmedidos, sonhos deduzidos e experiências amargas, aquela mulher tão triste que já vi a segurar um Martini é confrontada em suas escolhas, perdendo-se sufocada ao tentar.

Posted by Neylan Porto @ 03:24
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domingo, 23 de maio de 2010

Coma induzido

Como visualizar tamanha linha tênue entre sonhos e realidade, realidade aparente ou mera casualidade, ficção ou animação, nesse sono induzido percebo na indução a realidade obscura, no toque de recolher da mente está o refúgio da alma, lugar no qual o cotidiano não penetra , instalou-se de forma inerente a bolha da ilusão antes temida, não demonstra aquela sensação prisional ou triste, ambas ineficazes devida a viagem transposta entre mundos distintos, níveis elevados de consciência o transformaram no guerreiro outrora morto, a realidade foi posta a prova, ela que antes não existia, reencarna e reencena seu papel de forma transmutada, incrível como ela é mutável e imaginária, porém a linha fica cada vez mais aparente quando distante, ficando imperceptível a olho nu, a medida que não enxergamos, não vemos.

A cegueira é curativo e eficiente, a força que antes sufocava a razão deu lugar a sensações, até então nunca permitidas, o turno mudou todo o jogo, um jogo que parecia ganho, nada como estratégia, a batalha mudou a concepção do general, travada de maneira inédita, demonstrou a ineficácia de estratégias anteriores e armas superadas, os guerreiros hoje lúcidos brilham em suas armaduras, e questionam se aquelas batalhas épicas eram mesmo verdadeiras, as epopéias estavam certamente equivocadas, livre de julgamento de valor, colocadas a mercê dos sábios, esses sabendo do equívoco, optaram pelo silêncio, um silencio turvo, provisório.

A raça na qual o entendimento é posterior, quando encontra-se fragmentada e transposta em outras realidades, perde sua racionalidade e o conceito de evolução de Darwin é subjugado, como a evolução caminha distinta da fragmentação vivemos em constante combate intelectual, aquele sonho lúcido demonstrou ser a melhor forma de acordar, a simbiose pareceu perfeita depois de construída, a antítese presente sofreu constantes mutações até chegar ao ponto estável que a mente desperta e encontra-se, se o processo, fosse demonstrar a forma, a facilitação seria notória, porém a forma tende a esconder conteúdo que por sua vez revela o esconderijo profundo da mente, a perseguição contínua desperta níveis elevados, e sem fim, os meios acabam elevando os níveis equivalendo a busca, a forma de ampulheta não conduz esse pensamento, a inerência dos fatores alteram os produtos mais elevados, só o constante embate equilibra a disputa consciente de fatos e ações, ações e reações, o ciclo, esse que nunca pronto permite uma avaliação psíquica sobre o eu, e a dinâmica da roda gigante de fatos , a balança que hora mostra ,demonstra, ensina, retira, tanto faz, a justiça não é mesmo uma balança, os fatos não se auto avaliam não se auto conduzem , nos ensinam pouco de fato, seres como peças residuais de escolhas , reciclagem como melhor alcance , a vida utópica alterando níveis de realidade, a melhor forma é não buscar a forma, sem medo da altura e sim da queda o redescobrimento vai tornando-se presente, a cada minuto que passa a mesa roda e mostra novas cartas ao jogador, cartas decisivas, ou meros passatempos, como peões seguimos a roleta russa em níveis sonolentos de consciência, despertos nos perdemos, devida imensidão dos mares, o isolamento da molécula impediu sua progressão, uma vez aprisionada ela não desenvolveu mais suas particularidades, a doença da alma é assolada ainda mais pelo vazio intelectual do submundo de informações inúteis, processadas de forma pura, elevando o problema ao ponto insolúvel, a dissociação é o remédio, a doença, ora, foi diagnosticada tarde e foi divulgada como mortal, indo para a próxima fase , ora desperto , ora inconsciente passando para o cicatrizar.

Posted by Neylan Porto @ 15:16
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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Calabouço Social

Os seres despertos isolam-se, na sua essência, por não ser político e nem sociável a venda caída.

Somos fragmentos em um flash no espaço atemporal, transpostos em dimensões distintas, o que existe hoje independe do que ja existiu e vai existir, coexistindo em um embate translucido.

Unidade política e social destoam da essência do ser , sua duplicidade singular o afastam do meio devido ao conhecimento insociável , enquanto forças resultantes o aproximam quando detectada inércia produtiva do intelecto, ser e sociedade se chocam e se abraçam no movimento contraditório da existência.

Estranhos se confundem em Sonhos mudos e mundo sujo, trazendo tudo ao nada em alegorias inanimadas, tanto tempo medido para conceber tal ser se excede no puro consentir, o mundo em matéria de poeira lacrimejante.

Posted by Neylan Porto @ 17:48
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Avariado Cavaleiro

Caldeirão

Ferva o bem e o mal

Afinal de contas para as pontas

Pílula em pó

O cavalheiro ao lado se levanta Com a corda ao pescoço

Embaraçou-se pelo som impossível de vibrar

Contento-me com a forma

Da essência para conseqüência.

Nostalgia Pura e destilada

Leve-me desse lugar

Sem ninguém por padrão

Anseio e transpiro desejo e transcedo

Desistir por consentir, seduzido por consentir

Demasiada proporção insegura de transbordar

Pelo vento tanto vento quanto lamentos de inspiração

A única arte que equivale à certeza é a impureza dos mares...

Posted by Neylan Porto @ 00:40
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terça-feira, 18 de maio de 2010

Desumanizar-se na cobiça de ser

Cavaleiro alado amargurado intruso confuso excluso leve-te com sua legião, das entranhas desse reino, guerreiro és esquecendo a sobreposição das moradas, com ferimentos reluzentes em sua armadura trate-te e te trate, suma-te dessa fortaleza expirada, inspirada no abandono, condecorado voe e esqueça á que serve.

Não tenha vergonha de ser você três ou mais do mesmo. Porque a multiplicidade é inerente a nossa sala de estar com diversas cortinas, às vezes com pouca ou muita iluminação, o que importa mesmo não é nem a luz ou o espaço, e sim a imensidão das fasces, e não, não está escrito errado, talvez leia-se errado, para não despertar certos sentidos.

Tentativas, validas e às vezes suficientes, ser bom é impossível por essência, as tentativas são fragmentos dos reparos que fazemos pelo caminho, o mal de natureza para a natureza do etéreo histérico, suprimido pela consciência perturbada do ser seu ser.

cansei da suposição dos pressupostos postos em fileira de contradições para adentrar em um lugar transformado, traumatizado no abstrato lar do conto dos pontos, ligam-se e desligam-se na velocidade do estalar de dedos que os piscares e pesares perdem da essência e abrigam-se na consciência, que em todas aquelas vezes esvaziaram ao raso do vaso da limitação, buscando apenas a superação.

A variável da equação do ser em sim, é a conjuntura de fatores que levam a descaracterização da espécie.

Em outros planos encontramo-nos fragmentados

Perdidos em mundos compostos e dispostos a ludibriar desilusão, magoas e aspas foram abertas feridas entrepostas as tochas de sangue ardente ao vento do tempo tenso, nublado arriscado , acorrentando sonhos e tendências explícitas em cadernos literários abstratos, da forma a porta saindo escondido, entre e tente, surpresa posta a mesa, jantares suicidas de uma mente esquecida.

O ser humano é um intruso na festa da Natureza...

Posted by Neylan Porto @ 21:12
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De olhos bem fechados ou abertos?

Foram quatro, poderiam ter sido um, dois, foram os dois, zero, e um, aquele um, de quatro para zero, considero as cem ou mais vezes que o todo um zerou minha consciência e a encheu de casas decimais.

Parecia com sabor. Ela veio do futuro com o gosto da morte nos lábios, Embriagada tentou e dissecando 150 ou mais dias de sonhos em doses de veneno diário para afastar da noite qualquer pensamento, e em circunstâncias normais você sentiria essa sensação, estranho não sentir e até sentir, pois ainda dá para ouvir o lamento dos estranhos em seu ouvido.

A Feiticeira em noites de sono profundo, no momento propicio e indefinido, donde não circula a matéria, com ritos e mitos leva-te a um lugar que desconhece, acordado ainda não existe, tente procurar desperto, "salida" á tempestade, do fogo em chamas revela-se, em sua vestimenta branca tocada pela fumaça lastima, proferindo transe, o vento faz sua parte para a realidade dubitante e quando abrir os olhos lembre-se da imensidão daquele olhar, respire.

Interrogando o assassino do sonho eu convoco uma audiência com vossa "Agnosia", preparo o réu alienado, júri alucinado, administro psicotrópicos sentimentais com posologia duvidosa, distraio a multidão apnéica e controlo a "Belle Indifférence" real do ser confuso, o resultado pode ser tão eufórico, que a contestação sistemática ira confundi-los.

Níveis de consciência extensos e confusos, na luta expressa, ideais e reais predispostos á convicção da incongruência, a forma que desejamos é tão turva convertidas em ação, quanto mais lá á cá, singularidade consciente pode nem sempre ser plural de real.


Sentimental banalização da crença no ser retido que já se esvaeceu na tímida concordância dos sentidos climáticos da consciência, no profundo desastre das aparências, dúctil essência dos sobrepostos corpos, insipiente sensações nas aclives quedas adversas inferidas.

Doce por doce, prefiro o amargo que traz a aceitação da sua real sensação, no amargo extraímos o leal doce, pode ou não transformar-se, não nega sua essência, traz no rotulo seu gosto.

Posted by Neylan Porto @ 20:52
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Um cinéfilo amante das artes.

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